Organização da “bazuca” mudou, mas inspetor-geral continua a liderar auditorias, contra a recomendação do Ministério Público.
Corpo do artigo
O novo modelo de organização do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), publicado recentemente em “Diário da República”, mantém o inspetor-geral das Finanças, António Ferreira dos Santos, a presidir à Comissão de Auditoria e Controlo (CAC) do PRR, ao contrário do que recomendou o Ministério Público (MP), que alertou para a inexistência de uma adequada segregação de funções no órgão que audita a “bazuca” em Portugal.
A procuradora-geral-adjunta que integra a CAC, Ana Carla Almeida, já escreveu em dois relatórios que o facto de a Inspeção-Geral de Finanças (IGF) presidir à CAC faz com que “não se encontre salvaguardada uma adequada segregação de funções” na comissão.