António Costa devia deixar de "revogar tudo o que mexe", só para anular a ação do anterior Governo, aconselhou, esta segunda-feira, Adolfo Mesquita Nunes, vice-presidente do CDS-PP.
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"O que temos para dizer ao senhor primeiro-ministro é que era importante, se ele quiser continuar a contar com sucessos nestas áreas, que o Governo não se pusesse a revogar tudo o que mexe nem a reverter tudo aquilo que possa ser associado ao anterior Governo", afirmou Adolfo Mesquita Nunes, ao final da manhã desta segunda-feira.
O antigo governante e atual deputado democrata-cristão falava aos jornalistas à porta da Assembleia da República, que não está a funcionar porque foi dada tolerância de ponto à Função Pública, e considerou "irónico ou até revelador" que o primeiro-ministro tenha falado de educação, pobreza e desemprego na sua mensagem de Natal. São três áreas em que o Governo recebeu boas notícias graças à ação do Executivo de Passos Coelho, afirmou: os últimos dados dos testes PISA e a redução da desigualdade de rendimento, em 2014 e 2015.
Os dados "demonstram o acerto das políticas" do anterior Governo participado pelo CDS-PP, pelo que António Costa deveria preocupar-se em " averiguar aquilo que está a resultar, aquilo que deu sucesso e manter essas reformas", defendeu Mesquita Nunes.
Entre as medidas que gostaria que o PS repensasse estão a estabilização dos manuais escolares e programas durante seis anos, o alargamento do ensino pré-escolar e a divulgação a cada cidadão do valor da pensão de reforma a que, um dia, terá direito.
O vice-presidente do CDS-PP também quer que seja revelado um estudo da Organização para a Cooperação de Desenvolvimento Económico (OCDE) que demonstra "o sucesso das reformas laborais do anterior governo", garante.