Cuidadora mudou-se de Albufeira para Torres Novas por ter sido onde arranjou vaga para o filho autista num centro de recuperação.
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Graça Canhão, 56 anos, mudou-se de Albufeira para Torres Novas há um ano e meio, após ter conseguido arranjar uma vaga no Centro de Ensino e Recuperação do Entroncamento (CERE) para o filho João, 28 anos, portador de autismo severo, com défice cognitivo e incapaz de articular palavras percetíveis, a não ser para a mãe. A renda da pequena casa onde vivem com Judite, 76 anos, a mãe de Graça, é paga com os 258 euros do subsídio de apoio ao cuidador informal.
“O subsídio foi regulamentado em janeiro de 2022 e comecei a receber em março ou abril. Primeiro, eram 230 e poucos euros e, agora, são 258 euros”, explica Graça Canhão. “Apesar de ser um valor irrisório, é importante, porque fiquei sem subsídio de arrendamento e sem apoios para a alimentação, água e luz”, conta. Em Albufeira, o município assegurava uma parte da renda, a Misericórdia dava apoio alimentar e a Associação Humanitária Solidariedade de Albufeira contribuía para a luz e para a água.