Uma mulher grávida que mora em Alcântara teve de ser transportada, no sábado, para o Hospital do Barreiro, que fica a 30 quilómetros de distância, segundo indicações do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), revelou a TVI. A Direcão Executiva do SNS admitiu que, nestes dias, está a haver uma procura atípica.
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A RTP também noticia que os hospitais de Loures e de Cascais estão fechados ao INEM e não recebem grávidas em trabalho de parto encaminhadas pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Fonte da Direção Executiva do SNS admitiu ao JN, este domingo, que este fim de semana se tem "manifestado atípico em termos de procura por parte de grávidas, algumas das quais em trabalho de parto, nos Serviços de Urgência de Obstetrícia (SUO) de hospitais da Grande Lisboa e periferia". Garantiu ainda que está acompanhar a situação "junto dos Conselhos de Administração das Unidades Locais de Saúde respetivas".
"O aumento de procura e, consequentemente, o excesso de ocupação, num ou noutro SUO levou o INEM a acionar o modelo de referenciação hospitalar, transferindo grávidas para as unidades mais libertas", acrescenta a fonte, refutando que, "contrariamente ao que tem vindo a público, todas as grávidas encontraram a resposta de que necessitavam".
As grávidas podem dirigir-se pelos seus próprios meios ao hospital e ser atendidas, segundo confirmou a Antena 1 este domingo. Os constragimentos apenas acontecem quando são encaminhadas via CODU.
O portal online que mostra os horários dos hospitais está em baixo e não é possível aceder à informação. Já o site que inclui um mapa das urgências e maternidades abertas apresenta alguns erros. O hospital da área de residência da grávida de Alcântara, S. Francisco Xavier, aparece como estando aberto, mas não deu resposta à mulher.
O Hospital Beatriz Ângelo também se encontra numa situação semelhante este domingo, segundo noticia a TVI, já que aparece como estando disponível, mas não aceita doentes via CODU.
No caso do Amadora-Sintra, as grávidas via INEM também terão de ser transportadas para outros hospitais até às 8 da noite.
A fonte da Direcção Executiva do SNS explicou no sábado, em declarações ao JN, que "um constrangimento ou outro que possa ter acontecido não tem a ver com a época da Páscoa que estamos a viver, mas sim com algum excesso de afluência".
O JN já contactou este domingo o INEM, mas até ao momento não obteve resposta.