Greve cancela consultas no São João e fecha serviços na Loja do Cidadão
"Claro que cria transtornos, mas há situações que nos levam a isto". Milhares de funcionários públicos estão em greve, esta sexta-feira, em protesto pelos "salários indignos". A paralisação fez-se sentir no Porto, com o cancelamento de algumas consultas no S. João e com o fecho de serviços da Segurança Social.
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De braço dado com o pai, Joana Barros sai do edifício das Consultas Externas do Hospital de S. João, no Porto, satisfeita com o atendimento. Não "fazia a mínima ideia" de que havia greve na Função Pública e só se apercebeu de que havia "menos gente do que o costume". "O meu pai veio a uma consulta de rotina, após uma cirurgia a um tumor cerebral. Correu tudo bem, até fomos atendidos antes da hora", conta a mulher de 38 anos.
O ecocardiograma fetal de Alexandra Quintas também decorreu dentro da normalidade. "Estava marcado para as 9.20 horas e fui atendida cinco minutos antes da hora. Não sabia que havia greve, só percebi quando vi a informação no interior", aponta a jovem de 24 anos, natural de Viana do Castelo. Já Lúcia Martins temeu pela realização da consulta de cardiologia, mas acabou por não ser lesada pela greve. "Fui ao piso 6 e já diziam que não ia haver consultas, mas depois vieram-nos avisar de que quem tinha o aparelho, o pacemaker, ia ter. E assim foi. Já estou aviada, correu tudo bem". A idosa de 79 anos, natural da Trofa, só não conseguiu a credencial que lhe dá acesso ao transporte "porque o secretariado estava fechado".