Greve com pouco impacto no S. João: "Tudo normal, até fui atendida mais cedo"
É uma sexta-feira de descontentamento. Além da greve dos maquinistas, que está a afetar o transporte de milhares de utentes dos comboios e metros, é dia de paralisação na Função Pública. No entanto, no Hospital de S. João, no Porto, a greve teve pouco impacto e as consultas decorreram dentro da normalidade.
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Pouco passava das 9.30 horas quando Sónia Pinto saiu das consultas externas do Hospital de S. João, no Porto. Veio de Penafiel para uma consulta de Dermatologia, marcada há meio ano, e não foi afetada pela greve. Só não conseguiu pedir a justificação para entregar no Tribunal, onde trabalha como empregada de limpeza, já que os balcões de atendimento estavam vazios. "Estava com receio de chegar aqui e não ter direito à consulta, mas como as máquinas fazem automaticamente a entrada, consegui. Tudo normal, até fui atendida mais cedo", afirma ao JN.
De braço dado com o marido, Rita Gonçalves mostra-se satisfeita. A consulta de diabetes de Artur realizou-se "justamente à hora" e, uma vez mais, a tecnologia "boicotou" os efeitos da paralisação. "Vi que estava tudo desligado, não havia pessoas no atendimento. Mas no momento em que tiramos a senha automática fomos chamados imediatamente pela médica, com quem estivemos três quartos de horas. Fomos muito bem atendidos, não tenho razões de queixa", aponta a mulher de 66 anos, natural de Valongo.