A greve nacional de jornalistas, que decorreu ao longo desta quinta-feira, parou, a 100%, quatro dezenas de órgãos de Comunicação Social, informou, em comunicado, o Sindicato dos Jornalistas, garantindo que a paralisação "afetou, igualmente, de forma expressiva, uma dúzia de outros meios".
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"Antena 1 e TSF estão sem noticiários desde as zero horas desta quinta-feira. A direção de informação da Agência Lusa decidiu fechar o serviço aos seus clientes. A Revista Visão e a edição online do jornal Público também estão em silêncio", pode ler-se na nota do sindicato, que faz ainda uma descrição do impacto noutros títulos de informação.
"Na RTP Lisboa a paralisação é quase total na editoria de sociedade e ultrapassa a metade na política, economia e cultura. No online da RTP seis dos sete jornalistas escalados aderiram à greve. Na manhã desta quinta-feira foram desmarcados cinco serviços no exterior. A apresentadora do jornal de desporto do meio-dia fez greve, tendo sido substituída, à última hora, por uma camarada da redação do Porto. Na redação de Lisboa estão a trabalhar, sobretudo, editores e alguns jornalistas estagiários. A RTP Açores não pôs no ar a edição do Jornal da Tarde", pode ler-se.
De acordo com o comunicado, "na TVI/CNN Portugal e na SIC/SIC Notícias mais de metade dos jornalistas escalados fizeram greve". O site do JN também foi afetado pelo impacto desta paralisação nacional.
O Sindicato dos Jornalistas (SJ) agendou esta greve geral, a primeira em mais de 40 anos (a última foi em 1982), contra os baixos salários, precariedade e degradação das condições de trabalho do setor.
Entretanto, esta quinta-feira ao final do dia, numa nota publicada no site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa destacou o "papel fundamental do jornalismo" em dia de greve geral dos profissionais da Comunicação Social. "Onde não há comunicação social forte, não há democracia forte”, afirma o presidente, referindo que a necessidade de haver "órgãos de Comunicação Social fortes, com titulares plenamente conhecidos com toda a transparência, profissionais respeitados e dignificados".