Funcionários do SUCH - Serviço de Utilização Comum dos Hospitais estão em greve esta segunda-feira, para reivindicar aumentos intercalares dos salários e subsídio de alimentação e redução do horário de trabalho, entre outros direitos.
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O Sindicato aponta uma adesão de 90% a nível nacional, com vários setores a funcionar com serviços mínimos. "É uma grande resposta que os trabalhadores estão a dar", afirmou ao JN, na manhã desta segunda-feira, Francisco Figueiredo, do Sindicato dos Trabalhadores de Hotelaria do Norte, satisfeito com a "grande adesão à greve", a rondar os 90% a nível nacional, num universo de quatro mil funcionários dos diversos setores. Vários trabalhadores concentraram-se, a partir das 8 horas, à porta do Hospital S. João, no Porto.
Em causa está a luta dos funcionários por "aumentos intercalares dos salários e do subsídio de alimentação ainda em 2023, pela melhoria das condições de trabalho, reforço dos quadros de pessoal, redução da jornada diária de trabalho e pelo respeito dos direitos dos trabalhadores", aponta o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte.
"Pretendia-se um aumento intercalar de salários, para fazer face a este aumento brutal do custo de vida, e a administração do SUCH recusou qualquer negociação, apesar da recomendação que o Governo fez, para o setor privado aumentar os salários", lembra o dirigente sindical.
Francisco Figueiredo sublinha ainda o desfasamento entre o número de horas de trabalho praticado nos hospitais e pelo SUCH. "A administração pública trabalha 35 horas, e não se justifica que os trabalhadores dos SUCH trabalhem 40", vinca o sindicalista, destacando, entre outras unidades a nível nacional, "uma grande adesão à greve nas cantinas do Hospital S. João e Pedro Hispano [Matosinhos], que estão a funcionar com serviços mínimos, na lavandaria do Hospital Magalhães Lemos [Porto], nos resíduos do Santo António [Porto] e na rouparia do S. João". "Há uma grande adesão de todos os setores da empresa", salienta.