Greve, falsas promessas e guerra na Ucrânia marcam o debate entre António Filipe e Catarina Martins

António Filipe e Catarina Martins, num debate moderado pelo jornalista Carlos Daniel
Foto: Pedro Pina / RTP
A greve geral de hoje, as promessas de Luís Montenegro e a guerra na Ucrânia foram os temas centrais do debate entre António Filipe e Catarina Martins, que revelou muito mais concordância do que divergência entre os candidatos presidenciais.
Relativamente à paralisação do país, António Filipe espera que "o Governo tire conclusões e retire a proposta laboral" vigente. Já Catarina Martins acredita que a convergência entre os vários setores da sociedade é a prova de que é preciso renegociar.
O primeiro-ministro afirmou que o objetivo é colocar o salário mínimo em 1600 euros. O candidato apoiado pelo PCP diz que "ninguém levou o anúncio a sério" e a ex-coordenadora do BE afirma que Montenegro "está a gozar com as pessoas".
No tema da guerra na Ucrânia as posições divergiram pela primeira vez, ainda que muito levemente. Catarina Martins salientou que há uma grande diferença entre "apoiar os ucranianos e apoiar a escalada da guerra", enquanto António Filipe afirmou que o auxílio militar "não é o caminho, é preciso investir na diplomacia".
Frases marcantes
António Filipe, candidato apoiado pelo PCP:
"Não pinto cenários de segunda volta sem disputar a primeira. Apresento-me com convicção de lutar pelo resultado."
"O presidente da República é o último garante da democracia e tem de impedir que o Governo passe o limite"
Catarina Martins, candidata apoiada pelo BE:
"Estamos na primeira volta e é altura de debater. Como uma candidatura pode ir para baixo, pode ir para cima"
"Uma presidente da República tem de ser a voz de quem se sente abandonada, porque a democracia é solidariedade"

