A direção do SICTTEXPT - Sindicato Independente dos Correios, Telecomunicações, Transportes e Expresso de Portugal - anunciou uma greve geral parcial nos CTT a partir desta quinta-feira, dia 14 e que se estende até ao dia 22 de dezembro.
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A greve incide sobre as duas primeiras horas de trabalho nos centros de distribuição postal e nas duas últimas horas de trabalho nas lojas CTT.
Fonte oficial dos CTT indicou que “apenas 0,27 % dos trabalhadores abrangidos aderiram ao primeiro dia de greve geral parcial nos Centros de Distribuição Postal, não tendo sido registado, em nenhum local do país, qualquer constrangimento à normal atividade de distribuição”.
Os motivos para a realização desta greve, segundo o SICTTEXPT, prendem-se com a “decisão unilateral da administração dos CTT em denunciar o Regulamento de Obras Sociais [esquema de proteção de saúde idêntico à ADSE] para aumentar as taxações aos trabalhadores”.
Em causa está o aumento da quota mensal, por um lado, e por outro, as comparticipações nos atos médicos realizados pelos subscritores do plano de saúde.
“Num momento de grande dificuldade para todos os trabalhadores portugueses, fruto do aumento exponencial do custo de vida, e mediante resultados francamente positivos que a empresa CTT recentemente apresentou, entende a direção do SICTTEXPT que esta alteração é totalmente despropositada, que apenas agrava mais o custa de vida dos trabalhadores e beneficiado a empresa que engrossa assim o seu pecúlio”, argumenta Samuel Vieira, presidente do SICTTEXPT.
Atualmente os trabalhadores dos CTT descontam 2,25% dos seus salários para o sistema de saúde mas será vontade da administração da empresa subir a taxação em 0,5%, por um lado e, por outro, reduzir em 7,6% as comparticipações em atos médicos sujeitando-as ainda a um plafond. As reduções de comparticipações incidem também, por exemplo, nos apoio ao estudo dos filhos dos trabalhadores, na aquisição de óculos por reformados, etc.
O JN procurou junto da administração dos CTT saber se a empresa admite ceder às pretensões dos trabalhadores mas a resposta, não foi além do politicamente correcto: “Os CTT continuam empenhados na proteção e bem-estar dos seus colaboradores, agradecendo o seu empenho e dedicação” disse a fonte, acrescentando que “os CTT respeitam, como sempre respeitaram, o direito à greve (...) contudo, lamentam as datas escolhidas para esta paralisação, por parte desta organização sindical, que coincide com uma altura muito exigente para a empresa”, acrescentou.