O último dia de greve parcial dos revisores e dos trabalhadores das bilheteiras levou à supressão de 59 comboios dos 250 programados entre as 0 horas e as 8 horas, a maioria comboios regionais, segundo a CP.
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Os comboios regionais foram os mais afetados, tendo sido suprimidos 31 dos 67 programados. Nos de longo curso, dos 13 previstos não se realizaram sete ligações, segundo dados enviados pela CP - Comboios de Portugal à agência Lusa.
Nas ligações urbanas de Lisboa foram cumpridas todas as ligações previstas (111) e nos do Porto foram cancelados 17 dos 52 comboios programados.
Contactada pela Lusa hoje de manhã, Luís Bravo do SFRCI - Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante, que convocou a greve parcial de quatro dias, entre as 5 horas e as 8.30 horas adiantou que a adesão à paralisação foi de 100%, tendo sido apenas cumpridos os 25% dos serviços mínimos estipulados pelo Tribunal Arbitral.
“Hoje, esperam-se apenas alguns efeitos nos comboios de longo curso. Os urbanos estarão normalizados”, adiantou Luís Bravo.
De acordo com o sindicalista, a greve demonstrou bem a indignação dos trabalhadores em luta contra os baixos salários.
Os maquinistas e os revisores da CP cumprem hoje o último dia de greve em defesa de aumentos salariais e da negociação coletiva, uma paralisação que tem gerado vários constrangimentos à circulação.
As greves convocadas por vários sindicatos da CP tiveram início em 7 de maio e prolongam-se até hoje.
Os trabalhadores reivindicam aumentos salariais, a implementação de um acordo de reestruturação das tabelas salariais e a defesa da negociação coletiva.
O Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) cumpre hoje o último dia de greve ao trabalho suplementar, enquanto o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) iniciou no domingo uma greve de revisores e trabalhadores de bilheteiras.
Ao longo da última semana, a CP – Comboios de Portugal tem vindo a alertar para as perturbações geradas por estas greves.