A atividade gripal está com tendência decrescente o que pode indicar que o pico já terá passado. O inverno ameno e o recorde na vacinação terão contribuído para uma intensidade baixa a moderada, explicou esta quinta-feira de manhã a diretora-geral de saúde, Graça Freitas.
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"Está época gripal foi de intensidade baixa a moderada e neste momento está em tendência decrescente", apesar das assimetrias regionais, sublinhou Graça Freitas - na região de Lisboa e Vale do Tejo a intensidade ainda não começou a decrescer e está estável e no Algarve, por exemplo, só esta semana começou a atividade gripal epidémica.
Para esta atividade baixa a moderada, Graça Freitas destacou as contribuições do inverno ameno, o facto de em Portugal, ao contrário do resto da Europa, o vírus dominante ser o B e não o A e o recorde na vacinação.
"Nunca se vacinou tanto em Portugal como este ano", frisou, apontando um aumento de cerca de 10% em relação aos anos anteriores. Este ano, "mais de dois milhões de portugueses estão vacinados contra a gripe". Em todos os grupos etários e de risco, destacou, apontando que esse comportamento terá contribuído para que menos idosos tenham contraído gripe este ano.
O dia de maior afluência às urgências foi 26 de dezembro com mais de 23 mil episódios, mas o dia de maior procura por infeções respiratórias foi o dia de Natal, quando 17% dos cerca de 16 mil episódios foram às urgências.
A diretora-geral explicou que a intensidade baixa a moderada não teve impacto na mortalidade que até está "ligeiramente abaixo do esperado".
Os níveis de intensidade gripal só são comparáveis com os de há quatro anos, mas em 2015 a atividade prolongou-se por várias semanas enquanto neste, explicou Graça Freitas, já está a reduzir "se não houver segunda onda" - o que pode acontecer com alteração do clima ou vírus, salvaguardou.