A pressão nos serviços de saúde portugueses e impacto na mortalidade da covid-19 mantém uma tendência elevada e "crescente". Ao todo, há 49 casos da nova variante no país.
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De acordo com o relatório das "Linhas Vermelhas" divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) esta sexta-feira, a atividade epidémica do vírus tem uma "intensidade elevada, com tendência fortemente crescente a nível nacional".
Mantendo-se esta taxa de crescimento, a nível nacional, estima-se que o limiar de 480 casos em 14 dias por 100 mil habitantes seja ultrapassado ao longo dos próximos sete dias. O grupo etário com incidência a 14 dias mais elevada corresponde ao grupo das crianças com menos de 10 anos (690 casos por 100 mil habitantes).
Para já, estão identificados 49 casos associados à nova variante, sendo que o número "inclui os casos com sequenciação do genoma viral, bem como os casos nos quais foram identificadas mutações específicas fortemente preditores" da ómicron.
"A pressão nos serviços de saúde e o impacto na mortalidade são elevados e com tendência crescente, revelando assimetrias regionais", indicam os dados que constam do documento, e que relacionam a emergência de uma "nova variante de preocupação" com "a necessidade de reforçar a vigilância epidemiológica, virológica e do controlo de fronteiras em Portugal, até serem conhecidas mais informações".