2020 fecha com mais de 123 mil mortes e menos de 85 mil nascimentos
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Era o impacto esperado de tão elevada mortalidade em 2020. No ano passado, Portugal registou o saldo natural - diferença entre o número de nados-vivos e óbitos - mais negativo dos últimos 60 anos, pelo menos.
De acordo com os dados preliminares nesta manhã publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), aquele indicador fechou negativo nos -38856, por efeito de uma subida de 10,2% no número de mortes ocorridas em 2020, exponenciadas pela pandemia. Conjugado com uma quebra de 2,6% no número de nascimentos, abaixo dos 85 mil, o valor mais baixo desde 2015.
Há 12 anos, frisa o INE, que o saldo natural está no vermelho. Sendo que o pior registo tinha-se verificado em 2018 (-26 mil).
No que aos óbitos concerne, e analisando os dados a partir de 1960 (e, desde então, sistematizados pelo INE), é o número mais alto da série, com 123467 mortes. O pior ano havia sido 2018, com 113051 óbitos. Ano em que, ao envelhecimento da população, se juntou uma onda de calor.