Aos quatro anos, Vicente teve uma amigdalite e, a partir daí, recusou-se a comer arroz. Depois, foram as ervilhas, a sopa, a fruta... e o peixe sempre foi difícil. Durante longos meses, praticamente só comeu um tipo de papa, bananas, iogurtes de uma marca e puré.
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Um calvário para os pais, que, face à recusa persistente, acabavam por fazer as vontades da criança. Vicente tem seletividade alimentar. No seu caso, é decorrente de uma perturbação do desenvolvimento, o autismo. Mas há crianças que têm aquele distúrbio alimentar sem serem autistas e que levam os pais ao desespero na hora das refeições. E o pior é que essa frustração só piora o problema.
"Há casos de crianças que chegam a comer iogurte o dia inteiro", conta Maria Mena, psicóloga e diretora da CRIAR, um centro de de-senvolvimento, com sede no Porto. Há miúdos que só comem alimentos brancos e outros que rejeitam os sólidos e só aceitam papas e purés. Mais frequente é rejeitarem os legumes e a fruta.
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