
Maria da Graça Carvalho vai ao Parlamento, esta terça-feira, anunciar reforço das verbas
Foto: Paulo Cunha / Lusa
São boas notícias para quem não conseguiu um voucher para substituir equipamentos a gás por elétricos em outubro. O programa E-lar vai reabrir as candidaturas no dia 2 de dezembro, com um reforço de 51,5 milhões de euros.
E há mais novidades em relação ao primeiro aviso, que teve mais de 31 mil candidaturas e esgotou os 30 milhões de euros orçamentados em poucos dias. Agora, as famílias mais vulneráveis, com tarifa social de energia, vão ter uma verba incluída no vale destinada à selagem do sistema de gás e à ligação elétrica dos equipamentos. A informação foi confirmada ao JN pelo ministério do Ambiente.
A ministra, Maria da Graça Carvalho, vai ser ouvida na tarde desta terça-feira, no Parlamento, no debate orçamental, onde vai anunciar o reforço de verbas do E-lar.
Fica por esclarecer se os candidatos que viram o vale barrado no primeiro aviso por falta de verbas vão ter prioridade nesta segunda fase. No total, foram 3753 candidaturas consideradas não elegíveis por este motivo.
Ao que tudo indica, as regras vão manter-se para os beneficiários. O voucher deve ser solicitado no site do Fundo Ambiental, a partir do dia 2 de dezembro, sendo necessário ser titular de um contrato de fornecimento de energia.
Custos adicionais estão a surpreender
O voucher para trocar os eletrodomésticos a gás por elétricos, como fornos, placas e termoacumuladores (cilindros) é de utilização única, obrigando o consumidor a comprar todos os equipamentos no mesmo fornecedor e na mesma compra. Os consumidores sem apoios sociais terão de pagar o IVA sobre os eletrodomésticos que comprarem, bem como suportar os custos de transporte e instalação. A lista de fornecedores onde é possível trocar o vale por eletrodoméstico está disponível no site do Fundo Ambiental.
O primeiro aviso do E-lar, que abriu candidaturas no dia 30 de setembro, recebeu 32 708 candidaturas. Na semana passada, tal como o JN noticiou, 14% do total de emitidos tinham sido utilizados. Além disso, alguns beneficiários estão a ser surpreendidos com custos adicionais, relacionados com a remoção e instalação dos novos eletrodomésticos. De acordo com um levantamento feito pelo JN, estes serviços podem representar mais de 130 euros na carteira das famílias da classe média.

