Neste ano letivo, quase 23 mil alunos trocarão o papel pelo computador e mais de metade estuda no 5.º, 7.º e 8.º anos. Ministro reequaciona medida na primária.
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Os manuais digitais serão utilizados, este ano letivo, por 22.805 alunos de todo o país, sobretudo dos 5.º, 7.º e 8.º anos de escolaridade. O número de escolas que aderiram ao projeto-piloto do Ministério da Educação mais do que duplicou: passou de 68 para 160 face a 2022/23, mas subsistem dúvidas se este é o melhor instrumento de ensino perante o recuo noutros países. O próprio ministro da Educação, João Costa, admite que não serão aconselháveis a crianças do 1.º Ciclo.
Após ter anunciado a meta de haver manuais digitais em todas as escolas até 2026, João Costa já reconheceu que a adoção desta medida no 1.º Ciclo pode comprometer a “leitura em diferentes formatos, a motricidade fina e o desenvolvimento da motricidade”. E garantiu estar atento ao que se está a passar noutros países para não haver precipitações. Suécia, Estados Unidos, Noruega e Países Baixos vão banir ou estão a questionar a eficácia das tecnologias nas salas de aula, nos primeiros anos de escolaridade.