Mais bebés, menos mortes e mais casamentos. Entre janeiro e outubro deste ano nasceram mais de 71 mil bebés, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). No entanto, apesar do número de nascimentos estar a subir, continuam a nascer menos crianças do que no período anterior à pandemia.
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Nos primeiros dez meses de 2023 registaram-se, no total, 71.205 nados-vivos. Segundo dados do INE, o número de nascimentos é superior ao registado nos últimos dois anos: entre janeiro e outubro de 2022 nasceram 69.543 bebés (menos 1662) e, no período homólogo de 2021 contaram-se 65.596 nascimentos (5609).
Apesar do número de nados-vivos estar a aumentar, continuam a nascer menos bebés do que em 2019 e 2020. De acordo com os dados do INE, nos primeiros dez meses de 2019 nasceram 72.803 crianças e, no mesmo período de 2020 (primeiro ano da pandemia) nasceram 71.561.
O decréscimo de nascimentos nos últimos dois anos poderá ser resultado do impacto da pandemia na vida das famílias em Portugal, tendo 2021 (o segundo ano de pandemia) sido o ano mais afetado. Em janeiro de 2021 houve apenas 6003 nascimentos e, por norma, o primeiro mês do ano regista sempre valores superiores a sete mil.
Em outubro, o último mês registado, houve 7561 nados-vivos, o que corresponde a um acréscimo de 1,4% relativamente a outubro de 2022 (7453). Contudo, há um ligeriro decréscimo de 0,2% (menos 13 bebés) em relação a setembro de 2023.
Saldo natural negativo
Embora estejam a nascer mais bebés em Portugal, o saldo natural continua com valores negativos. Nos primeiros onze meses de 2023 morreram 106.588 pessoas, tendo o valor acumulado do saldo natural sido de -25628.
Contudo houve um desagravamento relativamente ao valor observado no mesmo período de 2022, no qual se registou um saldo natural de -32.585. Nos primeiros onze meses do último ano faleceram 112.576 pessoas.
No mês de outubro o saldo natural registado foi de -1681, desagravando-se em comparação com o do mês homólogo de 2022, que registou um valor de -2049. Se comparado com o mês de outubro, o saldo natural agravou-se (-1220).
Mais casamentos
Nos primeiros dez meses de 2023, foram celebrados 33.094 casamentos, mais 362 do que no período homólogo de 2022. Este ano, o mês que registou um maior número de matrimónios foi setembro (5369), continuando a liderar à semelhança do último ano.
O número de casamentos caiu durante os anos da pandemia mas já se aproximam dos números de 2019, ano em que se celebraram 33.272 matrimónios.
Em outubro celebraram-se 3409 casamentos, valor inferior ao registado em outubro de 2022 (menos 269).