Cinco concelhos da área Metropolitana de Lisboa acumulam mais de dois mil casos positivos de covid-19.
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A ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou, este sábado, que há mais de dois mil casos ativos de covid-19 na Área Metropolitana de Lisboa (AML).
"Dados de quinta-feira, temos 555 casos em Lisboa, 545 em Loures, 504 na Amadora, 402 em Odivelas e 301 em Sintra", disse Marta Temido. Feita a soma, são 2307 casos "que estão ativos, porque foram referenciados nos últimos 14 dias", na região onde se regista, atualmente, a maior incidência do vírus em Portugal.
Os números divulgados foram obtidos até à meia-noite de quinta-feira e não estão atualizados à meia-noite de sexta-feira, como seria de esperar, devido a um problema informático na DGS, que impediram a habitual divulgação da evolução diária da pandemia no país.
Apesar deste aumento de casos, o Governo "não está a considerar, para já, alargar as medidas de restrição" para a AML. Marta Temido argumentou que os positivos são, essencialmente, em pessoas em idade laboral, nas faixas etárias entre os 20 e os 49 anos, e "em áreas de atividade bem definidas, o que exige uma saúde pública de precisão, não medidas mais vastas".
Entres os novos casos, segundo a ministra, "30% são assintomáticos" e "50% têm entre 20 e 40 anos".
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Segundo a ministra, desde 1 de março, foram feitos cerca de 908291 testes, dos quais 8,8% em março, 38% em abril, 46% em maio e 6,6% nos primeiros cinco dias do mês corrente.
Só na região de Lisboa e Vale do Tejo, a que mais preocupa as autoridades sanitárias nesta altura, "situa-se agora na ordem dos 14 mil testes", concretizou a ministra, querendo com isso demonstrar "o aumento da estratégia de testagem".
O "número de testes não tem parado de aumentar", disse Marta Temido, sublinhando que "foi crescendo significativamente" nos últimos tempos.
Boletim afetado por um problema informático
Segundo informou aos jornalistas uma assessora do gabinete de imprensa do Ministério da Saúde, o boletim diário sobre a covid-19 será divulgado mal seja possível e, nessa altura, será agendada outra sessão para perguntas e respostas sobre os dados.
Em comunicado, a DGS explicou que o atraso na elaboração do boletim se deve a "uma alteração técnica nas configurações de acesso, não comunicada previamente, num sistema crítico da Microsoft."
A intervenção, realizada durante a madrugada, "afetou sistemas em vários países europeus e teve como consequência o atraso do acesso dos técnicos da DGS aos dados que permitem a construção do boletim", explicou a assessoria da Direção-Geral da Saúde.
"Conseguimos recuperar os acessos, mas a geração do boletim na hora habitual ficou comprometida, em virtude da instabilidade gerada por esta intervenção", acrescentou.