Doenças e seca afetam espécies como o coelho-bravo, a lebre e a perdiz. Preocupadas com a biodiversidade, associações do setor alertam que não é fácil rejuvenescer a caça
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Caça a menos, burocracia a mais e custos a subir são razões que explicam a descida progressiva do número de caçadores em Portugal. Pedem mais empenho do Governo, enquanto a ciência procura uma vacina para as espécies mais afetadas por doenças, como o coelho-bravo e a lebre. Na época venatória 2022/2023, estavam registados cerca de 220 mil caçadores, menos 15 mil do do que em 2019/2020. Mas o número de exemplares abatidos por espécie regista uma diminuição ainda mais significativa. Tordo, pombos, coelho-bravo e perdiz-vermelha têm quebras de captura superiores a 50%.
O último relatório do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas mostra que a redução de caçadores está a acontecer à razão de cinco mil por ano. A faixa etária com mais aficionados é a dos 61 aos 70 anos, com quase 60 mil, seguida da dos 51 aos 60 com mais de 52 mil (perfazem 51% do total) e da dos 71 aos 80 com cerca de 36 mil. É transversal à maioria dos distritos.