Há milhares de famílias em casas municipais com rendas por pagar. Em alguns casos, as dívidas remontam a vários anos. Desde 2022, já foram despejadas 151 famílias por falta de pagamento e por uso ilegal dos imóveis em 14 municípios do país.
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Mais de 2500 famílias que vivem em habitações sociais, sobretudo nos municípios das áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa, têm o pagamentos das rendas em atraso. A dívida dos inquilinos às câmaras já superou os 4,6 milhões de euros. Para facilitar o cumprimento, várias autarquias estabelecem acordos de pagamento faseado. No entanto, desde 2022, já foram despejadas 151 famílias em 14 municípios do país. A maioria ficou desalojada devido à falta de pagamento da mensalidade, contudo há casos de despejos por uso indevido ou ilegal das casas.
As habitações sociais, disponibilizadas pelos municípios, são destinadas a famílias carenciadas que, por vulnerabilidade económica, não conseguem aceder ao mercado habitacional. Embora as rendas praticadas sejam baixas (em muitos municípios rondam os 40 euros mensais), há milhares de famílias com pagamentos em atraso. Porto, Maia, Gaia, Valongo, Paredes, Barreiro, Sintra, Moita, Vila Franca de Xira, Odivelas, Oeiras, Setúbal, Braga e Coimbra são alguns concelhos onde centenas de arrendatários têm rendas em atraso. No total, a dívida dos arrendatários a estes municípios já superou os 4,6 milhões de euros.