
Marcelo Rebelo de Sousa
Amin Chaar / Global Imagens
No primeiro regresso à TVI desde que assumiu a Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa esclareceu por que razão encerrou a polémica que envolve a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Governo e aceitou que o ministro das Finanças Mário Centeno mantenha a pasta.
"Há razões ponderosas para a sua continuidade", disse o presidente da República numa entrevista realizada por três jornalistas da estação privada, simultaneamente comentada por quatro comentadores residentes, cujos comentários Marcelo Rebelo de Sousa também comentou.
Em causa, explicou o presidente da República, está "o interesse nacional", que justificou com a proximidade da saída dos indicadores sobre Portugal do Gabinete de Estatísticas da União Europeia (Eurostat), seguida dos dados de Bruxelas que hão-de determinar a saída do país do Procedimento por Défice Excessivo, seguida da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
Questionado sobre o conhecimento que teve na negociação entre as Finanças e o anterior presidente da CGD - questão que motivou a decisão do PSD de requerer um segundo inquérito - o presidente remeteu a respostas para as notas que tem publicado na página de Belém desde junho do ano passado. Numa delas, em novembro, recordou, "defendo a recapitalização da CGD, mas lamento que o processo tenha começado pelo fim, ou seja, pelo estatuto remuneratório dos gestores".
O chefe de Estado confessou ainda que ficou surpreendido com a "resiliência da geringonça" e com o "cumprimento da trajetória do défice". "Não esperava", confessou.
Marcelo assegurou que vai continuar a intervir sempre que achar pertinente, "para evitar conflitos ou para ajudar o país". E fez questão de "sair em defesa de Cavaco Silva", refazendo o juízo que ele próprio emitira. "Tenho uma opinião mais benévola porque reconheço a dificuldade do cargo".
