Não há uma resposta certa. O mercado mudou, os empregadores valorizam outros fatores além da estabilidade, os trabalhadores têm outras perspetivas de vida. Ficar ou partir? Depende de cada um.
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Ana trabalha há 30 anos numa empresa de artigos para o lar, trata da parte administrativa, há dias em que lhe apetece sair, há outros em que considera que é melhor ficar. Não anda à procura de um outro trabalho. Rui está há três anos numa tecnológica, engenharia de programação, acabou um curso na área e arranjou logo emprego. Está contente, é a primeira experiência profissional, ainda não sabe quanto tempo ficará, uma oferta melhor poderá pesar, sair do país não está fora dos seus planos. Maria está satisfeita, 15 anos de currículo em gestão de recursos humanos, passou por três empresas, adapta-se facilmente a outros ambientes empresariais, não fecha portas, está atenta ao mercado. Os exemplos, meramente ilustrativos, replicam realidades. O que leva à velha questão: Há ou não há um tempo ideal para permanecer num emprego?
Não, não há. “Não existe um tempo para que as pessoas devam permanecer num emprego e não há um tempo para mudar”, responde Teresa Espassandim, psicóloga clínica, psicoterapeuta, que também se dedica à psicologia vocacional e de desenvolvimento de carreira. “O que se deve tentar promover é uma atitude, uma mentalidade de responsabilização, de agenciamento, pela gestão pessoal da carreira.” O que significa analisar o projeto de vida e o projeto profissional num equilíbrio constante. E entender o que se quer fazer. “Há mais oportunidades quando olhamos para o mercado”, sublinha a psicóloga.