O homem de 56 anos que morreu, esta quarta-feira, ao ser colhido por uma avioneta que aterrou de emergência na praia de São João na Costa de Caparica, em Almada, era sargento da Força Aérea.
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José Lima, casado e pai de duas filhas, era natural de Viseu e vivia em Cacilhas, Almada, há 30 anos. Foi atropelado pelo Cessna 152, que atingiu também mortalmente uma criança de oito anos.
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"Ironia do destino... Sargento da Força Aérea, a gozar no seu pleno direito a reserva que tanto ambicionou, junto daqueles que sempre quis estar, na sua praia, à beira mar... é atropelado por uma aeronave!!!", escreve um amigo de José Lima no Facebook.
A "tremenda injustiça" e a "ironia da vida" é, aliás, expressa em várias homenagens ao sargento, que tinha a música como hóbi.
Um dos seus vizinhos, Vitalino Manuel, de 66 anos, disse ao JN que José Lima "era um homem exemplar: Nunca faltou ao respeito a ninguém e nunca incomodava ninguém. Vai deixar saudades".
Descrito como homem com hábitos caseiros, era muitas vezes visto a passear o cão rumo à zona ribeirinha. "Nunca ninguém espera que uma tragédia destas aconteça a alguém próximo", afirmou Armando Queiroz, 52 anos, ainda em choque com a morte do vizinho.
Fonte da Força Aérea confirmou, ao JN, que José Lima estava atualmente em situação de reserva, explicando que a família dispensou que as cerimónias fúnebres militares.
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Os dois tripulantes da avioneta saíram ilesos do acidente e ainda estavam, esta quinta-feira à tarde, a ser ouvidos pelas autoridades. A escola de aviação Aerocondor, que alugou o avião ao aeroclube de Torres Vedras, explicou que a aeronave acidentada estava a efetuar um voo de treino com um aprendiz de piloto e um instrutor sénior com "elevada experiência e milhares de horas de pilotagem".
Já o aeroclube de Torres Vedras emitiu um comunicado em que dava conta das "perfeitas condições mecânicas (do avião)", que garantiu ter com "todas as revisões e certificações exigidas".
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