Estudo de opinião é apresentado esta quinta-feira na conferência “Liderança Feminina na Saúde”, do Movimento LIFE.
Corpo do artigo
Há oportunidades profissionais iguais para homens e mulheres no setor da saúde? A resposta varia consoante o género daquele que responde. Pelo menos é essa a conclusão do estudo de opinião “Igualdade de género e liderança: o que pensa a jovem geração da saúde”, que será apresentado esta quinta-feira na conferência “Liderança Feminina na Saúde”, do Movimento LIFE.
Segundo os resultados partilhados com o JN, que têm por base uma amostra de 500 trabalhadores do setor da saúde, um quinto dos homens desta área acredita que existe igualdade de oportunidades entre os dois géneros. Por seu turno, apenas 14% das mulheres dão a mesma resposta.
Quanto a existir (ou não) igualdade de género em cargos de liderança no setor da saúde, o panorama é semelhante: 35% dos homens diz que posições de liderança são igualitárias entre os géneros, mas apenas 11% das mulheres partilha desta opinião.
A importância da igualdade de género parece, no entanto, ser mais consensual. À pergunta “considera importante existir paridade de género na liderança?”, 80% dos homens respondeu afirmativamente. No caso das mulheres, a resposta positiva surgiu em 95% dos casos.
Quanto a experiências pessoais, 35% das profissionais inquiridas afirmou já ter sentido discriminação de género no local de trabalho – em contrapartida, 15% diz ter sofrido este tipo de agressão.
O estudo de opinião foi desenvolvido pela GFK a pedido do Movimento LIFE – Liderança no Feminino na Saúde, uma iniciativa que quer promover a paridade na liderança no setor da saúde. Trata-se de uma iniciativa conjunta da Faces de Eva – Estudos sobre a Mulher/CICS.NOVA, da NOVA FCSH, e da empresa de investigação e farmacêutica Roche. A conferência “Liderança Feminina na Saúde: 50 Anos de Conquistas?” decorre no Centro de Congressos de Lisboa esta quinta-feira.