Os relógios vão atrasar mais uma vez 60 minutos, na madrugada do dia 30 de outubro.
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Na madrugada de domingo (30 de outubro) em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, às 2 horas os relógios devem ser atrasados 60 minutos, passando para a 1 hora.
Na Região Autónoma dos Açores, a mudança será feita à 1 hora da madrugada de domingo, passando para as 0 horas, de acordo com a legislação em vigor, apresentada no site do Observatório Astronómico de Lisboa.
Peritos propõem fim de mudança da hora na UE e harmonização com hora solar
Portugal defende o atual regime, com uma hora de verão e com uma hora de inverno.
Na sequência de uma consulta pública organizada pela Comissão Europeia em 2018, o Observatório Astronómico de Lisboa (OAL), então com competências na manutenção da hora legal em Portugal, emitiu um parecer, remetido ao Governo, que apontava para a manutenção da hora de verão e da hora de inverno, avaliando fatores como a poupança energética e a perturbação no sono.
De acordo com o parecer, a poupança de energia "é positiva mas diminuta" e as perturbações do sono "mínimas" com o horário de verão.
O parecer sustentava, no entanto, que a transição para a hora de inverno "poderia ser melhor" se fosse feita em finais de setembro, como sucedeu até 1995 na Europa, e não no fim de outubro, "permitindo uma maior aproximação à hora solar durante o ano".
Segundo o documento, manter apenas a hora de inverno significava ter "o sol a nascer perto das 5 horas na altura do verão, ou seja, uma madrugada de sol desaproveitada seguida de um final de tarde com menos uma hora de sol, fatores que não são positivos nas atividades da população".
Em contrapartida, mantendo a hora de verão todo o ano, "o sol nasceria entre as 8 e as 9 horas durante quatro meses do ano, no inverno, com impactos negativos", nomeadamente nas deslocações para o trabalho e para a escola, que seriam feitas com pouca luz.