Os Hospitais de Coimbra e da Guarda vão aumentar o número de camas para doentes com covid-19, em função da situação pandémica. No Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), a Administração admite carência de recursos humanos.
Corpo do artigo
Em Coimbra, as camas vão ser aumentadas de 161 para 230, para doentes estáveis. "Este alargamento será feito à custa de alguma atividade cirúrgica não essencial", explica o presidente do Conselho de Administração do CHUC, Carlos Santos.
O responsável admite ter havido, nos últimos dias, alguma pressão sobre o serviço de Urgência, levando a que a capacidade de internamento esgotasse. Lembra, no entanto, a questão dos recursos humanos como essencial. "A questão das camas é importante, mas não há resposta sem recursos humanos. A situação que se está a viver em Portugal, na Europa e no mundo não é normal e os recursos humanos que existem estão em esforço em todas as unidades hospitalares. A carência de recursos humanos é uma realidade evidente", aponta.
O diretor de medicina interna do CHUC, Armando Carvalho, reconhece que a "sobrecarga de trabalho para a Medicina Interna é brutal", realçando que os seus colegas estão cansados. "Praticamente ninguém na Medicina Interna tirou as férias que tinha marcado em dezembro", revela, apelando às pessoas para seguirem as recomendações das autoridades de saúde no que toca à prevenção e combate à covid-19.
Guarda a esgotar
O Hospital da Guarda tem apenas cinco camas livres para doentes com covid-19, com a administração da unidade a garantir o aumento de camas em função da pandemia. "O número de camas e os recursos humanos afetos a esta área [covid-19] serão reforçados conforme a evolução da situação pandémica e dos recursos humanos disponíveis" na região", revela à Lusa fonte da Administração da Unidade Local de Saúde.
Na segunda-feira estavam internados em enfermarias covid 57 doentes e 10 em Serviço de Medicina Intensiva, sendo a capacidade da unidade de 60 doentes em enfermaria e 12 em Medicina Intensiva.