Com a procura de cuidados de saúde em alta, os hospitais do Serviço Nacional de Saúde voltaram a bater recordes de atividade no ano passado. Fizeram mais consultas e cirurgias e melhoraram os tempos de resposta. Ainda assim, 30% dos utentes esperaram mais do que máximo recomendado para serem operados.
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Em 2023, os hospitais do SNS realizaram 13,3 milhões de consultas de especialidade, mais 501 mil (3,9%) face a 2022. Destas, 3,8 milhões foram primeiras consultas, um acréscimo de 129 298, (3,5%) comparativamente ao ano anterior, confirmando-se um aumento de resposta assistencial, assinala a Administração Central do Sistema de Saúde.
A atividade cirúrgica também bateu recordes no ano passado. Segundo dados provisórios da ACSS, realizaram-se 715 068 intervenções cirúrgicas em 2023, mais 53 652 do que em 2022 (8,1%).
30% ultrapassaram os tempos máximos
Entre os doentes operados no âmbito do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia ( 713 658 doentes), 30,3% os tempos máximos de resposta garantida (TMRG). A ACSS refere que se registou uma melhoria face ao período homólogo, “o que aponta para um maior cumprimento dos TMRG”. A média de tempo de espera dos doentes operados foi de 3,1 meses.
Ainda de acordo com dados provisórios da ACSS, no final de 2023, havia 264 982 utentes na Lista de Inscritos para Cirurgia (LIC).
Nas cirurgias oncológicas, também se registou um aumento em 2023: 68121 doentes com cancro foram operados no SNS, mais 6,2% face ao período homólogo de 2022.
O tempo médio de espera para cirurgias oncológicas no SNS foi de 37 dias e, em dezembro, havia 9 215 doentes inscritos, reportou a ACSS.