Hospital São Francisco Xavier vai manter urgências pediátricas até às 22 horas
O serviço de urgência pediátrica do Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, "vai manter-se, diariamente das 9 às 22 horas, e não como anunciado até às 21 horas", avançou o conselho de administração do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, ao início da tarde desta terça-feira, em comunicado.
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Os especialistas de Medicina Interna desta unidade hospitalar apresentaram, esta terça-feira, a demissão em bloco e estiveram reunidos com a administração.
Os chefes de equipa de urgência de Medicina Interna do Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, apresentaram a demissão em bloco numa carta enviada esta terça-feira ao conselho de administração, na qual criticam problemas antigos do serviço, que se agravaram nos últimos anos devido à falta de soluções. Estiveram reunidos, esta manhã de terça-feira, com a administração do hospital que disse, em comunicado, ao início desta tarde, que "as reuniões com os Especialistas de Medicina Interna prosseguiram e prosseguem para se encontrarem as melhores soluções para uma prestação de qualidade no Serviço de Urgência Geral".
"O Conselho de Administração informa, igualmente, que relativamente ao Serviço de Urgência Pediátrica se vai manter exatamente o horário que pratica há 20 anos, ou seja, diariamente das 9.00 às 22.00 horas, e não como anunciado até às 21 horas. A nossa experiência diz-nos que este horário permite que um número significativo de utentes possa regressar a casa dos seus trabalhos e ainda ter tempo de, caso seja necessário, recorrer com as crianças ao Serviço de Urgência Pediátrica", referiu ainda em comunicado.
Ministro vai reunir com chefes da urgência
O ministro da Saúde, Manuel Pizzaro, disse, esta manhã de terça-feira, em declarações aos jornalistas em Bruxelas, que vai dialogar com os chefes de equipa da urgência do S. Francisco Xavier. "Quando regressar a Portugal, terei de ter uma conversa para perceber que motivações exatas estão por trás desta demissão", afirmou, acrescentando que "não há dúvida que nós, em Portugal, temos um problema de afluxo excessivo às urgências".
"Isso não é responsabilidade das pessoas. As pessoas vão à urgência, porque não encontram outra resposta. Temos de trabalhar coletivamente para encontrar outras respostas. Este é um problema crónico que pode-se ter agravado um pouco com a pandemia, mas é uma situação que vivemos desde sempre no nosso Serviço Nacional de Saúde", afirmou ainda.