A publicação<em>, </em>que seguia o candidato na secção de entretenimento, vai agora transferi-lo para a política.
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A campanha presidencial de Donald Trump tem sido recheada de discursos polémicos e presenças inquietantes em programas de televisão. Por esse motivo, o site norte-americano Huffington Post decidiu, em julho, passar a fazer essa cobertura na sua secção de entretenimento.
Tudo mudou, porém, esta segunda-feira, depois de o republicano anunciar a sua intenção de bloquear a entrada a todos os muçulmanos nos Estados Unidos. "Como esta declaração perversa deixa bem claro, [Trump] é uma força desagradável e perigosa na política americana. Por isso, já não iremos cobrir a sua campanha no Entretenimento", explicou a fundadora da publicação, Arianna Huffington.
"A nossa decisão em julho foi tomada porque nos recusámos a aceitar a ideia, baseada em simples sondagens, de que a candidatura de Trump era realmente séria", justificou ainda a colunista.
Nesta nova forma de acompanhar o percurso do candidato republicano, Arianna explica que o seu site vai fazer questão de "relembrar constantemente o público daquilo que ele defende". E exemplifica: "O seu entusiasmo por criar uma base de dados de todos os muçulmanos nos EUA; A sua xenofobia e preconceito contra imigrantes, incluindo as suas mentiras sobre os mexicanos e o seu desejo ardente de deportar milhões de imigrantes sem documentos; a sua paixão por bullying (...)".
O "Huffington Post" frisa ainda que não está sozinho nesta condenação a Trump. "Na semana passada, a Dana Milbank do "The Washington Post" começou a sua coluna com "Não digamos meias-palavras: o Donald Trump é intolerante e racista"", recordou Arianna. "Por isso", continuou, "se as palavras e ações de Trump forem racistas, vamos chamá-las de racistas. Se forem sexistas, vamos chamá-las de sexistas. Não fugiremos da verdade nem nos deixaremos distrair pelo espetáculo dele".
Leia aqui a mensagem completa de Arianna Huffington.