A revisão da Estratégia Nacional da Conservação da Natureza e Biodiversidade 2030 (ENCNB) prevê o reforço da integração de infraestruturas verdes no espaço público.
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O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) reforça a necessidade de “potenciar o papel ecológico das cidades”, num relatório publicado em maio. Estima-se que 65% da população em Portugal viva em áreas urbanas.
O documento da ENCNB 2030 apresentado, esta segunda-feira, no Ministério do Ambiente e Energia, em Lisboa, estabelece que os instrumentos financeiros e os incentivos públicos devem “reforçar a integração das infraestruturas verdes e das soluções baseadas na natureza”, quer junto das autarquias ou de privados, para criar e manter espaços verdes urbanos.
Focos poluentes
Na mesma linha, está a promoção de “barreiras vegetais e corredores ecológicos urbanos” na infraestrutura de transportes. Os corredores ecológicos urbanos têm como função conectar áreas verdes em zonas urbanas. É disso exemplo o corredor de Valongo, no Grande Porto, ou o corredor de Monsanto, em Lisboa.
“As cidades portuguesas, ao mesmo tempo que constituem focos de geração de poluentes, representam oportunidades para implementação de soluções baseadas na natureza que mitiguem estes impactos e contribuam para a conservação da biodiversidade”, salienta o ICNF, num relatório de maio, que serviu de base à revisão da ENCNB.