Investigadores recomendam uma avaliação dos danos mais abragente. Vida ativa leva condutores mais velhos para as estradas.
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Os acidentes rodoviários provocam sequelas físicas mais frequentes e graves nas vítimas idosas, principalmente a partir dos 74 anos, do que nas vítimas adultas, apesar de terem sofrido lesões com a mesma gravidade. A conclusão é de um estudo desenvolvido por investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), entre os quais Teresa Magalhães, professora catedrática e médica especialista em medicina legal, que alerta ser necessário avaliar os danos causados além dos impactos físicos para que as vítimas possam beneficiar de um apoio adequado ao seu contexto de vida.
“O que verificámos é que as pessoas mais velhas, mesmo ao sofrer lesões que não são muito graves, apresentam maiores sequelas do que aquilo que é expectável para um adulto de idade média”, explicou, ao JN, Teresa Magalhães. O problema agrava-se quando, “a vivência do traumatismo os afasta do seu meio de vida e das suas rotinas, acelerando muito o processo de envelhecimento”, alerta.