A Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRe!) apela aos partidos políticos que invistam fortemente na proteção e promoção da qualidade de vida da terceira idade em Portugal, numa mensagem enviada com algumas das propostas que defende e que espera ver aprovadas na próxima legislatura.
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O aumento dos rendimentos das pessoas reformadas tem sido uma das prioridades dos programas dos partidos na corrida às eleições. Ainda assim, a Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRe!) não acha suficiente e quer mais cuidados assegurados aos idosos.
Numa mensagem enviada aos partidos políticos, a associação apresenta o objetivo de construir um Serviço Nacional de Cuidados, generalizado a todo o país e bem articulado com o SNS.
São várias as propostas defendidas em que se inclui o a construção de respostas locais que permitam manter as pessoas nas suas casas, sós ou acompanhadas, nas comunidades onde estão integradas, salvaguardando e promovendo a sua autonomia de vida e o investimento do Estado na prevenção das doenças e na promoção de modos de vida mais saudáveis.
Propõe também a APRe! que seja assegurada uma rede de cuidados médicos e de enfermagem às pessoas mais velhas, independentemente de viverem nas suas casas ou em estruturas residenciais destinadas a idosos, assim como uma formação de profissionais mais cuidada e de nível mais elevado.
Reforça ainda a ideia de que as pessoas idosas em Portugal vivem com baixos níveis de rendimento e com uma qualidade incapaz de atender às necessidades na saúde, habitação, cuidados, educação e cultura.
Maria do Rosário Gama, presidente da APRe!, apontou no comunicado a injustiça vivida pelas pessoas que se reformaram e que, no ano seguinte, não tiveram aumentos. A associação tem vindo a denunciar e a solicitar a reposição, pelo que defende que se criem serviços que entrem diretamente em contacto com as pessoas reformadas, de forma a que lhes seja possível expor as suas dúvidas e reclamações relativamente ao processamento das suas pensões.
Situação demográfica em Portugal
Na mensagem enviada, a associação relembra o contexto demográfico da sociedade portuguesa, que conseguiu retomar a subida da esperança média de vida aos 65 anos, estimada em quase 20 anos, segundo o portal do INE. Salientou ainda que se tem vindo a verificar um desagravamento do saldo natural.
Maria do Rosário Gama relembra no comunicado que existem dados positivos, como o aumento do universo das pessoas mais velhas no nosso país, o que comprova os resultados benéficos das políticas públicas.
Através da melhoria das condições de vida e de trabalho da população mais jovem, a natalidade pode crescer e o saldo natural da população portuguesa deixar de apresentar valores negativos, diz ainda.