Dezenas de reformados, pensionistas e idosos manifestaram-se no Porto para reivindicar aumentos e medidas como transportes públicos gratuitos.
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O mote era claro: a luta por pensões dignas e melhores condições de vida para a população idosa. Na tarde desta sexta-feira, dezenas de idosos, reformados e pensionistas manifestaram-se por melhores condições de vida, no centro do Porto.
A ação, organizada pela MURPI (Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos), começou na Praça da Batalha e estendeu-se até à Rua Santa Catarina, no Porto. Maria Helena, 75 anos, admitiu ter de "escolher entre a alimentação ou a medicação". "As pensões são bastante baixas", referiu a mulher que fez parte do protesto.
Também é nos medicamentos que Alberto Tavares, 73 anos, encontra a maior despesa: "Gasto bastante dinheiro". "Desde há 15 anos para cá que tem sido o descalabro", comentou o homem sobre a evolução do valor das pensões nos últimos anos.
Segundo a responsável da MURPI, Manuela Morais, "há muitos anos que os idosos não são aumentados". A dirigente sublinha que "as reformas estão muito àquem do aumento dos preços dos bens essenciais". A insuficiência das pensões afeta a compra de fármacos, numa fase em que necessitam de "mais medicação e apoio na saúde". "Se não tiverem um salário digno, é muito difícil a vivência", reforçou.
As medidas prioritárias, de acordo com Manuela Morais, devem constar no Orçamento de Estado para 2024 e passam pela regulação dos preços dos bens essenciais, pelo aumento de 70 euros para as reformas mais baixas e de 7,5% para as reformas a partir dos mil euros. Ainda está prevista a gratuitidade dos transportes públicos. Outras reivindicações são a diminuição das rendas das casas, o aumento de lares e medicamentos gratuitos para doenças crónicas.