A Inspecção da Saúde está a averiguar as condições em que decorreu uma cirurgia ao diretor-executivo do SNS no Hospital de Gaia. A inspeção parte de uma denúncia anónima para apurar se houve incumprimento das regras das listas de espera, avança o Público. António Gandra d' Almeida fala em "devassa da vida pessoal".
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Em outubro deste ano, o diretor-executivo do SNS foi submetido a uma cirurgia plástica no hospital de Gaia. Mas uma “denúncia anónima sobre um eventual incumprimento” das regras por parte do responsável levou agora a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) a investigar se Gandra d’Almeida terá passado à frente de outros doentes, noticiou o Público.
A IGAS “instaurou um processo de inspecção” para “verificar o cumprimento das normas e orientações técnicas do Sistema Integrado de Gestão do Acesso (SIGA SNS) relativamente à assistência prestada”, adiantou ao jornal a inspecção.
A inspecção explica que este é um procedimento habitual, adiantanto que "a instauração de processos de acções inspectivas a partir de denúncias anónimas que contenham a descrição de factos susceptíveis de serem investigados" é "uma prática comum", prevista na lei de 2021 que estabelece o regime geral de protecção de denunciantes de infracções.
Confrontado com o procedimento em curso, Gandra d´Almeida afirmou em resposta ao Público que está a ser vítima de “uma devassa da vida pessoal” e garantiu que “tudo foi feito segundo as regras".
“Dado que este assunto surge através de uma denúncia anónima caluniosa, é importante esta averiguação para que se apure a verdade dos factos”, referiu, posteriormente, a Direcção Executiva do SNS.