<p>O vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. António Marto, manifestou solidariedade a "todas as vítimas desta calamidade dos incêndios que está a assolar o país, particularmente o Norte", e apelou aos incendiários para que parem a sua "acção criminosa".</p>
Corpo do artigo
O bispo de Leiria-Fátima destacou "a dedicação generosa e extrema, a toda a prova e provação, dos bombeiros", endereçando as "condolências" às famílias dos bombeiros" de Lourosa e de Alcobaça.
D. António Marto presidia à conferência de Imprensa, na abertura da Peregrinação do Migrante e do Refugiado em Fátima, nos dias 12 e 13 do corrente. Defendeu que os incêndios que têm assolado o país são "atentados contra as pessoas, as famílias, o bem comum que se assemelha a uma guerra destruidora".
Quando falava, na passada quinta-feira, já tinham morrido três bombeiros em operações de combate às chamas.
Também a Confederação Portuguesa de Voluntariado (CPV), que inclui, entre outras entidades, a Liga dos Bombeiros Portugueses, enalteceu o trabalho dos soldados da paz e criticou a falta de meios no combate aos incêndios.
"Todos os esforços que se façam no sentido de equipar as corporações com os meios necessários, para além de serem um auxílio indispensável, constituem um incentivo para aqueles que dão de si e do seu tempo", assinala o responsável.
A CPV é uma associação que tem como finalidade representar os voluntários de Portugal e as respectivas organizações, quaisquer que sejam os seus domínios de actividade. A União das Misericórdias Portuguesas, Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, Cáritas Portuguesa, Associação de Apoio à Vítima, Fundação Evangelização e Culturas, Corpo Nacional de Escutas e Cruz Vermelha Portuguesa são alguns dos 16 organismos integrados naquela plataforma.
O presidente da CPV defende que a Igreja Católica "tem um contributo a dar" no combate aos incêndios, começando por pedir aos fiéis "que colaborem na primeira obra, que é a da prevenção". Refere que a Igreja pode ainda "motivar os cidadãos à entrega à causa pública, como é o caso dos bombeiros voluntários". Lembra que "à Igreja também compete elevar os braços ao céu e pedir a Deus que toque os corações daqueles que, de forma deliberada, provocam estas situações, para que tomem consciência dos danos que provocam".
O fogo posto, além de crime, é pecado grave.