A Iniciativa Liberal prepara-se para eleger na Convenção Nacional deste sábado, em Alcobaça, o seu quinto líder no espaço de sete anos e meio.
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Mariana Leitão, que preside ao grupo parlamentar e é candidata única, chega agora ao leme deste partido que foi formalizado em dezembro de 2017.
Rui Rocha, que anunciou a sua saída na sequência das legislativas em que a IL tinha como objetivo participar no Governo da AD, fora reeleito na convenção de fevereiro deste ano, em Loures, com 73% dos votos, derrotando o conselheiro nacional Rui Malheiro.
Aquela foi a segunda vez em que a liderança da IL foi disputada depois de, em 2023, Rui Rocha ter vencido Carla Castro e José Cardoso.
Antes de Rui Rocha, esteve no comando da IL João Cotrim Figueiredo, que anunciou a sua saída da liderança no final de 2022, afirmando que queria dar lugar a outros membros do partido e, em junho do ano passado, foi eleito deputado ao Parlamento Europeu. Os primeiros líderes foram Miguel Ferreira da Silva e Carlos Guimarães Pinto.
Para esta X Convenção Nacional da IL, que tem 985 militantes inscritos, há 19 moções setoriais em debate. Segundo a agência Lusa, há propostas para alargar o eleitorado e apelos para que o partido dê mais atenção aos direitos sociais e às minorias, em particular aos imigrantes, além das esperadas críticas da oposição interna, que não avançou com um candidato alternativo.
Alargar base eleitoral
Nas propostas para aumentar a base de apoio, uma das moções destaca que o eleitorado potencial da IL é “bem maior” do que o atual, “seguramente nos dois dígitos”, e que o partido precisa de “crescer mais”. “Não estamos a captar as periferias, sobretudo as rurais, e, mesmo no voto que captamos, a retenção é frágil”, escrevem os subscritores, repetindo alertas feitos noutras convenções.
Segundo a Lusa, Rodrigo Saraiva é o deputado mais ativo, subscrevendo quatro moções. É o primeiro signatário do texto em que se apela à IL para que continue a ser uma “voz ativa” na defesa da democracia e liberdade a nível internacional e que exija ao Governo que se “oponha a retrocessos democráticos dentro da União Europeia”.