IL envia perguntas a Costa sobre ida à Hungria

Os liberais querem saber o motivo para a visita não fazer parte da agenda oficial do chefe do governo, uma vez que se tratou de um convite dirigido pela UEFA. E se existem mais casos onde meios do Estado foram utilizados em circunstâncias idênticas.  

O anúncio foi feito, ao início da tarde desta segunda-feira, pelo presidente da IL, Rui Rocha, na Sala dos Passos Perdidos do Parlamento, em que refere que o partido “vai fazer o requerimento de um conjunto de perguntas ao senhor primeiro-ministro" com dois objetivos essenciais: “Perceber por que é que não fazia parte da agenda oficial do primeiro-ministro a presença na final europeia” e “se há outros casos em que meios do Estado, nomeadamente o Falcon que foi utilizado desta vez, são usados pelo primeiro-ministro para diligências ou visitas que não fazem parte da sua agenda oficial”.  

Para Rui Rocha, depois da justificação de António Costa, existem três versões relativamente ao que motivou a viagem do primeiro-ministro à Hungria. “Na primeira versão [do presidente da Républica], foi para dar um abraço a José Mourinho. Na segunda versão, foi para fazer uma escala técnica”. Agora “faz parte de um convite que foi dirigido ao primeiro-ministro e que este acedeu”. E questiona: “Se havia um convite da UEFA por que é que não consta da agenda oficial do senhor primeiro-Ministro?”.  

Segundo o líder da Iniciativa Liberal, este tema não é “determinante no futuro do país” e acredita que António Costa “ganharia em apresentar as suas versões dos factos em viva-voz". 

Rui Rocha lembrou, também, a ausência de esclarecimentos do primeiro-ministro sobre a atuação do SIS na recuperação do computador de Frederico Pinheiro do Ministério das Infraestruturas. "O que se passa no país quando as coisas parecem simples de justificar ou de esclarecer, são envolvidas num conjunto de tentativas de omissão, de travar aquilo que realmente se passou. Parece difícil de entender", finalizou.