A indústria de cerâmica tem sido um dos setores mais afetados pela crise dos preços de energia. Firmino Pereira, deputado do PSD, visitou esta quarta-feira a Cerâmica de Valadares, uma das empresas mais afetadas, e fez um apelo ao Governo: reclama que sejam tomadas medidas para reduzir o preço da energia para as empresas.
Corpo do artigo
A crise dos preços de energia tem vindo a afetar vários setores, sendo que o da cerâmica é um dos que mais tem sofrido. A indústria depende muito do consumo de gás para o seu funcionamento, representando cerca de 40% dos meios de produção. Uma das maiores empresas nacionais, a Cerâmica de Valadares, está neste momento a enfrentar vários desafios relativamente a este assunto, alerta o deputado social-democrata, em comunicado enviado ao JN.
A Cerâmica de Valadares, que já conta com 101 anos de existência, suporta atualmente um custo mensal de 150 mil euros em energia. Um preço bastante mais elevado do que em 2021, em que tinha um custo mensal de 25 mil euros, cerca de 1,5 milhões de euros anuais.
O deputado do PSD afirma que, em reunião com o administrador, Henrique Barros, "foi possível ver os desafios vencidos pela fábrica desde 2014" e apela ao Governo para que tome medidas para a redução da fatura energética das empresas industriais. "Se o apoio não acontecer, pela observação e exemplo da Cerâmica de Valadares, muitas empresas industriais, muito dependentes da energia, podem não resistir", acrescenta.
A Cerâmica de Valadares tem 145 trabalhadores e conta com um volume de negócios de 8.5 milhões de euros para 2022, no entanto, a subida dos preços do gás trazem enormes incertezas ao futuro da empresa.