Em campanha no aeroporto de Beja, a porta-voz do PAN reagiu à entrada de Passos Coelho na campanha da AD, ao lado de Luís Montenegro.
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A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, afirmou, esta manhã, no aeroporto de Beja, que a entrada do antigo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, na campanha da Aliança Democrática (AD) aproxima a coligação da agenda do partido Chega e lembrou o impacto dos seus governos.
"Passos Coelho vem aproximar a AD da agenda mais extremista da direita, em vez de trazer a social-democracia para o centro democrático", afirmou Sousa Real, em declarações aos jornalistas.
Inês Sousa Real prosseguiu, dizendo que a AD, ao incluir na campanha para as eleições de 10 de março Passos Coelho, está a apostar numa "agenda que, de alguma forma, procura aproximar-se daquela que tem sido a do Chega". "São opções do Partido Social Democrata que o PAN não acompanha", vincou, defendendo que o país deve "ter uma política de imigração que seja de integração e não de fomento do medo e do ódio".
Não esquecer a Troika
A porta-voz do PAN considerou que os portugueses não se podem esquecer do "impacto que a Troika teve no país", durante a governação de Passos Coelho, realçando que "empresas fecharam portas e muitas famílias viram aumentadas as suas dificuldades".
"Essa política da insensibilidade, esses tempos em que nos foi exigido mais do que a própria União Europeia e o FMI [Fundo Monetário Internacional] exigiam tem que ficar lá atrás", sublinhou.
Inês Sousa Real propôs aquilo que considerou ser "uma sociedade mais justa e mais empática", com "uma descida de impostos para que as famílias possam ter mais qualidade de vida".
"Não queremos uma agenda em que aquilo que nos é trazido é uma cultura do medo, da insegurança, e também uma política só de contas certas com alguns interesses económicos e não com as famílias", terminou.