O grupo etário entre os 10 e os 20 anos foi o que mais cresceu, nas últimas duas semanas, de acordo com a monitorização das linhas vermelhas da covid-19.
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Os dados desta sexta-feira, da Direção Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Pública Dr. Ricardo Jorge (INSA), revelam que a 28 de abril havia 105 casos por 100 mil habitantes nas idades entre os 10 e os 20 anos.
Esta faixa etária foi a que mais subiu na análise a 14 dias, mas, segundo os investigadores, o "risco de evolução desfavorável da doença é baixo" nas idades em questão.
Acima dos 80 anos, onde o risco é maior, verificou-se a incidência mais baixa (31 casos) em 14 dias, o que reflete um risco de infeção muito inferior ao da população em geral.
O relatório de "Monitorização das linhas vermelhas de covid-19" adianta que houve 68 novas infeções, por 100 mil habitantes, com tendência estável a nível nacional.
A taxa de transmissibilidade (Rt) no país, entre 21 e 25 de abril, foi de 0,98 a nível nacional e também só no continente, "sugerindo uma tendência estável ou ou decrescente". No continente, as regiões Norte e Centro eram as que tinham o Rt mais elevado (1) e a do Algarve (0,89) o mais baixo.
O documento destaca ainda que entre 22 e 28 de abril, 98% dos casos de infeção detetados foram isolados em menos de 24 horas após a notificação e 81% dos contactos foram rastreados e isolados no mesmo período.
Em sete dias, de 21 a 27 de abril, realizaram-se 450 508 testes ao SARS-CoV-2, observando-se um aumento no número de testes realizados e a diminuição da proporção de testes positivos, que foi de 1%.
Quanto aos internamentos hospitalares em cuidados intensivos a tendência também é decrescente, encontrando-se abaixo do valor crítico definido de 245 camas. A maioria dos 89 doentes em estado grave a 28 de abril correspondia à faixa etária dos 70 aos 79 anos (26 internados).
A grande maioria dos casos (90%) está associada à variante do Reino Unido. Foram identificadas 68 infeções associadas à variante da África do Sul e 85 à de Manaus. Foram também diagnosticados seis casos da variante indiana.