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Há um aumento do número de casos?
O Centro Europeu de Controlo de Doenças dá conta, no seu último relatório, de um aumento significativo de infeções sexualmente transmissíveis (IST) nomeadamente gonorreia, sífilis, clamídia e do linfogranuloma venéreo. O número dispara na Europa e Portugal não é exceção.
Como combater a transmissão?
A diretora-geral da Saúde defendeu, em entrevista ao JN, a quebra do anonimato, de forma a travar a cadeia de transmissão. O objetivo, segundo Rita Sá Machado, é permitir que a identificação dos doentes seja partilhada com os médicos de saúde pública.
É possível quebrar o anonimato?
Os dados clínicos dos doentes são invioláveis. Quebrar esse sigilo levanta questões de ordem ética. Embora os médicos de saúde pública estejam obrigados a reportar os diagnósticos de infeções por doença sexualmente transmissível, fazem-no de forma anónima, como está previsto na lei.
Há condições para implementar?
As reações contrárias não se fizeram esperar. Desde a Ordem dos Médicos a juristas. Também o Grupo de Ativistas em Tratamento, que reúne pessoas de diversas organizações, veio dizer que “esta reversão comunica o policiamento da vida sexual alheia, é dissuasor de rastreio e irá promover a subnotificação das IST”.