A ministra da Presidência admitiu, esta quinta-feira, que a inflação pode trazer "problemas à execução do Plano de Recuperação e Resiliência" (PRR). No entanto, Mariana Vieira da Silva garantiu que o cumprimento das metas segue o acordado com a Comissão Europeia. Até porque Portugal é "um dos poucos países que já submeteu um segundo pedido de pagamento".
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"Nunca escondemos e, por isso, o Governo português foi um dos primeiros a sinalizar junto da Comissão Europeia que o momento de inflação que vivemos tem consequências e traz problemas à execução do Plano de Recuperação e Resiliência, mas do ponto de vista da execução das metas e marcos com que estamos comprometidos, estão em linha [com o acordado]", afirmou a governante, na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Minsitros.
Mariana Vieira da Silva recordou que "Portugal é um dos poucos países que já submeteu dois pedidos de pagamento". O segundo pedido encontra-se em análise. "Isso significa que, tendo já a Comissão Europeia confirmado que cumpriu as primeiras 38 metas, submeteu o pagamento de mais 20 metas", destacou.
Relativamente ao acompanhamento da execução das verbas, a governante referiu que, "ao contrário do que acontece com outros fundos europeus, o PRR tem um modo próprio de acompanhamento do seu desenvolvimento". "E esse modo próprio é a verificação de que se cumprem ou não os marcos e as metas com que o Governo português se comprometeu junto da Comissão Europeia", acrescentou a ministra.
De acordo com Mariana Vieira da Silva, em quase todos os Conselho de Ministros, são aprovadas matérias relativas ao PRR. "Sabemos as dificuldades que temos pela frente. Esse é um dos temas em que mais estamos empenhados e vamos avaliando, acompanhado e tomando as medidas necessárias", garantiu.