Influenciadores financeiros crescem no digital para combater a falta de literacia
Com o objetivo de contribuir para a literacia, há cada vez mais influenciadores a simplificar conceitos relacionados com finanças pessoais nas redes sociais. O Banco de Portugal e a CMVM estão atentos ao crescimento das páginas, que somam milhares de seguidores, e admitem a importância de comunicar no digital.
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Inflação, juros compostos ou investimento são conceitos que suscitam muitas dúvidas a grande parte dos portugueses, mas que fazem parte da rotina de muitos influenciadores digitais. À boleia da falta de literacia na área, o fenómeno dos "finfluencers" - como são conhecidos os influenciadores financeiros - tem crescido de forma vertiginosa, com a missão de "democratizar o acesso à Educação Financeira". Publicam diariamente conteúdos sobre como rentabilizar poupanças, desconstroem informação sobre instrumentos financeiros e dão ferramentas para que os seguidores possam tomar decisões conscientes.
O sucesso no digital levou-os a abandonarem os empregos e a dedicarem-se, em exclusivo, às páginas que gerem. Mas nem sempre foi assim. "Quando comecei a trabalhar, não sabia gerir o meu dinheiro e isso foi o gatilho para que começasse a aprender mais sobre o tema. Apaixonei-me completamente", partilha Catarina Machado. Natural de Braga, a jovem de 26 anos é a responsável pela página de Instagram "literaciafinanceira.pt", que nasceu no ano passado e soma já mais de 60,5 mil seguidores.