A 25 anos da sua morte, a vida e a obra de Karl Rahner (1904-1984), filósofo e teólogo alemão, merecem ser recordada. Viveu a sua vida a escrever, ensinando.
Corpo do artigo
O seu pensamento é de muita qualidade e muito actual. Faleceu em 30 de Março de 1984. Participou activamente e com mérito como perito e teólogo do cardeal König no Concílio Vaticano II (1962-1965). Em 1965, fundou a "Concilium", revista internacional de Teologia, com a colaboração de Yves Congar e de Edward Schillebeeckx. Influenciou o pensamento teológico actual. Para Rahner, a teologia não era um fim em si mesmo. Dizia que sempre fizera teologia com vista à pregação, à pastoral. Mas nem por isso a sua linguagem teológica é fácil, bem pelo contrário. Viveu com a preocupação de ajudar as pessoas do seu tempo a serem crentes. Insurgia-se contra o que considerava a vulgaridade de um mundo do qual Deus se encontrava exilado. Operou na Teologia o que se chama a "viragem antropológica". Para Karl Rahner, a questão de Deus não se põe em abstracto, mas a partir do ser humano enquanto tal. A revelação de Deus dirige-se ao ser humano e tem de o atingir no mais profundo do seu ser. É a partir deste que se há-de verificar a credibilidade da proposta cristã. Quererá isso dizer que não convém fazer teologia à margem da experiência fundamental do ser humano. É uma boa e oportuna metodologia.