Porto, Braga, Vale do Sousa e Aveiro são as regiões onde se registaram mais situações. Unidade têxtil de Lousada, que deixa 90 sem sustento, é o mais recente encerramento.
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As insolvências na indústria transformadora do Norte do país estão a aumentar, fustigando, sobretudo, as regiões do Porto, Braga, Vale do Sousa e Aveiro. Esta semana, uma fábrica do setor têxtil em Lousada fechou portas, apanhando desprevenidas as 90 trabalhadoras, que se juntam aos funcionários de unidades fabris de Famalicão, Arcos de Valdevez e Valença que também têm como destino mais certo o desemprego. Só aqui estão em causa quase 800 pessoas.
As estatísticas oficiais do Ministério da Justiça mostram que, entre janeiro e setembro deste ano, foram decretadas mais 127 insolvências na indústria transformadora do que em período homólogo de 2023, sendo que 118 aconteceram no Norte do país, mais concretamente nas comarcas do Porto Este (região do Vale do Sousa, com mais 47 insolvências), Braga (+28), Aveiro (+22) e Porto (+21). A nível nacional, este é o setor de atividade mais afetado. Nos primeiros nove meses deste ano, a indústria transformadora é a atividade que regista o maior número de insolvências (440), seguida do comércio e da construção. Em 2023, o comércio tomou a dianteira nos primeiros nove meses, mas, no fecho do ano, a indústria transformadora voltou ao topo da tabela como o setor mais afetado (452 insolvências em todo o ano passado, mais 28 do que o comércio).