A Autoridade para as Condições no Trabalho está há dois meses à espera de respostas da Ryanair sobre as suspeitas de violação da lei da greve, em março e abril.
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Nas paralisações de março e abril deste ano, a Autoridade para as Condições no Trabalho (ACT) deslocou-se aos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro para realizar inspeções ao comportamento da Ryanair. Logo depois, adiantou na tarde desta segunda-feira, pediu "um conjunto vasto de informação" quer à sede da Ryanair, na Irlanda, quer às duas subcontratadas, a Workforce e a Crewlink.
A informação foi enviada em maio, mas não foi esclarecedora e a ACT pediu "esclarecimentos complementares às mesmas empresas". Esse pedido de informações ainda não teve resposta. Quando receber a informação, a inspeção do trabalho "procederá à sua análise e conclusão da intervenção inspetiva".
Por isso, conclui, "é prematuro nesta fase avançar com os resultados".
Os trabalhadores da Ryanair em Portugal fizeram greve no dia 29 de março e entre os dias 1 a 4 de abril deste ano. Durante a paralisação, os sindicatos denunciaram violações à lei da greve, como a substituição de grevistas por pessoal sediado noutras bases, e pediram a intervenção da ACT.
Os trabalhadores da Ryanair voltarão a fazer greve na quarta e quinta-feira desta semana. A transportadora aérea admite que sejam afetados 18 mil passageiros, de 50 voos, de e para aeroportos portugueses.