Queriam que fosse a IGEC a fazer a fiscalização. Ministério diz que a dimensão técnica e informática ultrapassa as competências do órgão.
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Os inspetores da Educação sentem-se “desrespeitados” e “desautorizados” pelo ministro da Educação. Depois da “gafe” sobre o número de alunos sem aulas, Fernando Alexandre anunciou “uma auditoria externa”. A comunicação caiu mal na Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC). Não compreendem porque não é a IGEC a fazer a auditoria e já escreveram ao ministro a manifestar a indignação. O Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) justifica-se com “a dimensão técnica e informática” da auditoria.
“A IGEC possui todas as competências que lhe permitem assumir a concretização desta auditoria, sendo sua missão assegurar a legalidade e regularidade dos atos praticados pelos órgãos, serviços e organismos do MECI, bem como exercer o controlo, a auditoria e a fiscalização do funcionamento das entidades que integram este universo”, afirma o Sindicato dos Inspetores da Educação e do Ensino, na carta enviada a Fernando Alexandre, a que o JN teve acesso.