São várias as instituições portuguesas que estão a abandonar a rede social X, antigo Twitter, seguindo a tendência mundial dos últimos meses. A migração para a nova rede social Bluesky é comum.
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O Banco de Portugal decidiu deixar de publicar conteúdos na rede social X, no âmbito de uma reavalição da sua estratégia para as redes sociais. A conta ficará como arquivo e a organização já tem um novo perfil institucional na rede social Bluesky, fundada por Jack Dorsey, ex-ceo do Twitter.
O Tribunal de Contas seguiu o mesmo caminho, abandonando o X e o Facebook, com a justificação de as redes sociais serem “violadoras da legislação nacional e da legislação da União Europeia”. Em comunicado, a instituição acrescenta que a falta de verificação de conteúdos e a proliferação do ódio também influenciaram a decisão.
A tendência chegou ainda à área do ensino, com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa a anunciar que deixou a sua conta na rede social detida por Elon Musk, o homem mais rico do mundo. Em nota enviada à imprensa, a instituição justificou a saída: "Não podemos continuar num espaço que contraria os valores fundamentais que regem a nossa missão.” A faculdade também migrou para a rede social Bluesky.
Seguindo o mesmo movimento, o Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Universitário de Lisboa declarou ter encerrado o seu perfil no X. A entidade, igualmente tranferida para a Bluesky, disse, em comunicado, que a decisão reflete as transformações recentes da plataforma.
Jornais estrangeiros contra a desinformação
Lá fora, várias entidades de diversas áreas estão a deixar a rede social, a começar pelas da comunicação social: o britânico “The Guardian”, o espanhol “La Vanguardia” e o francês "Le Monde” assumiram a suspensão das suas contas, apontando a desinformação, a discriminação e a toxicidade que atingiu o X como os principais motivos para o abandono.
As atitudes e opiniões de Elon Musk também têm feito muitas pessoas e instituições saírem da rede social. Cerca de 60 universidades alemães e austríacas anunciaram, numa declaração conjunta, o término das suas contas, depois de o multimilionário ter declarado apoio à candidata a chanceler do partido alemão de extrema-direita Afd.