Uma investigadora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto venceu uma bolsa de 100 mil euros para criar uma ferramenta, com inteligência artificial, que deteta em segundos se o doente tem ou não doença coronária e se precisa de realizar um exame que tem mais riscos para a saúde e custa mais dinheiro ao SNS.
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Os doentes que entram nos hospitais com suspeita de doença coronária são submetidos a uma angiografia por tomografia computorizada (angio TC), mas em mais de um terço dos casos os resultados mostram que foi desnecessário.
Jennifer Mancio, 40 anos, natural de Viana do Castelo, fez o internato de Cardiologia no Hospital de Gaia, onde analisou os resultados de quase mil doentes que fizeram angio TC por suspeita de doença coronária e concluiu que 35% não precisavam de ter sido submetidos a um exame com contraste iodado e com radiação ionizante que "tem como risco o aumento da incidência de cancro".